Há algum
tempo, os livros eróticos tem se popularizado no Brasil e ganhado o coração de
vários leitores e eu não fiquei de fora. Já havia tido o prazer de ter contato
com eles antes mesmo de se popularizarem no país, e agora que está mais fácil
de chegarem às nossas mãos, faço questão de ler pelo menos um por mês e não
tenho vergonha de confessar que sou romântica e adoro a boa pegada dos nossos
homenzinhos de papel.
Então
quando solicitei o livro “Ensina-me a Sentir” – S. Quinn, publicado pela
editora Fundamento, acreditei profundamente que seria mais um livro a entrar
para minha prateleira de preferidos, já que ele tinha tudo que eu espero em um
livro – uma boa ideia, personagens complicados, locais lindos como plano de
fundo e algumas cenas hot.
Sofia
é uma jovem aspirante a atriz, que acabou de ganhar uma bolsa de estudos na
famosa universidade de artes do belíssimo e premiado ator Marc Blackwell, um
homem conhecido por sua carreira nas telonas desde criança e por seu
temperamento forte e controlado.
Quando
Sofia vê Marc pela primeira vez em sua audição, ela fica mexida com sua
presença. E quando ele passa a ser seu professor e no seu primeiro dia lhe dá
um trabalho onde ela terá que mostrar seu lado mais sensual em uma audição surpresa,
por não ter tido tempo para estudar ela fracassa tristemente. Se sentindo perdida
ela pede ajuda ao melhor, mas Marc não pode ficar perto de Sofia, pois tudo
nela mexe com ele e o faz perder o controle que ele tão sofridamente aprender a
exercer.
Além
disso, ela também é sua aluna, o que faz com que seus sentimentos por ela sejam
inapropriados, com que sejam ainda mais errados, porém ele não consegue
resistir ao seu pedido e muito menos seu corpo.
No
entanto, o que li ficou bem longe do que realmente esperava da história. Seus
personagens tinham bagagem, e a autora até tinha uma ideia geral legal, mas
faltou química, intensidade, e uma sensibilidade que S.Quinn não teve ao
demonstrar um caso de amor que deveria ser impossível e perigoso, ao ponto de
que ninguém pudesse sequer imaginar que estava acontecendo, e aquela sensação
de que a qualquer momento eles seriam pegos e tudo viraria um grande escândalo,
acabou ficando forçada e sem graça.
A
escritora apresentou duas figuras dramáticas já muito conhecidas pelo público,
um homem atormentado por seu passado sofrido, e uma mocinha que abre mão da sua
felicidade para cuidar da família. Tenho que concordar que essa ideia
geralmente funciona belamente em um romance, mas é preciso conseguir abordar
esse tema de um jeito que o leitor se sinta apaixonado pelo carisma de seus
personagens e por sua biografia sofrida.
No meu
caso, conseguiu foi me irritar na maior parte do tempo, fazendo com que eu
quisesse bater com uma marreta na cabeça deles e me perguntar o que se passava
na mente da S.Quinn para escrever duas pessoas tão cansativas.
Mas
antes que você imagine que não tenho nada positivo para contar do livro, tenho
que deixar todos cientes que S.Quinn conseguiu ser bem criativa em suas cenas
hot, principalmente a do armário.
Mesmo
que tenha faltado essa mesma criatividade em outras áreas do romance, ela soube
conduzir as cenas mais picantes do livro de uma forma bem interessante, até
inusitada, chegando ao ponto de fazer o leitor questionar de onde ela tirou
aquela ideia singular de que o Marc não poderia... haha achando que eu vou
contar né? Nananinanão. Você terá que ler para descobrir e me contar o que
achou do livro, principalmente se você só esta procurando por cenas mais
picantes em um livro.
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